De facto, o Eurocódigo 3 especifica que a consideração de imperfeições de acordo com a análise de segunda ordem é necessária a partir de uma carga crítica inferior a 10 para a análise elástica. Este cálculo não linear em conjunto com o desvio do componente estrutural da sua forma ideal resulta num aumento dos esforços internos e das deformações em comparação com o cálculo linear.
Estes esforços internos e deformações aumentados podem ser utilizados na maioria dos casos para obter um dimensionamento consideravelmente mais eficiente do componente estrutural comparativamente a um dimensionamento simples no qual as imperfeições do componente estrutural são tidas em consideração através de fatores de aumento.
Casos de imperfeição
No RFEM 6, as imperfeições estão relacionadas com casos de imperfeição que podem ser definidos no separador Dados do navegador, conforme apresentado na Figura 1. O tipo de imperfeição pode ser definido na janela Caso de imperfeição. Os tipos disponíveis são: imperfeições locais, cargas fictícias de um caso de carga, deslocamento inicial através da tabela, deformação estática e grupo de casos de imperfeição (Figura 2). Para representar o desvio da barra em relação à sua forma ideal, é importante escolher imperfeições locais como tipo de imperfeição.
No separador Atribuição da mesma janela, o caso de imperfeição pode ser atribuído a cargas e/ou combinações de carga existentes (Figura 3). Em alternativa, o caso de imperfeição em termos de casos de carga e/ou combinações de carga pode ser considerado através da janela Casos de carga e combinações (Figura 4).
Imperfeições de barras
No RFEM 6, o desvio dos componentes estruturais em relação à sua forma ideal pode ser representado por Imperfeições de barras/conjuntos de barras como um tipo de imperfeição local (Figura 5). Estas imperfeições de barra podem ser definidas como uma inclinação ou curvatura inicial (Figura 6). A inclinação inicial simula um componente como inclinado sobre todo o comprimento, enquanto a curvatura inicial simula um elemento estrutural reto como uma curvatura (Figura 7). Para a última opção, também podem ser definidos critérios de actividade (por exemplo, sempre, de acordo com a norma ou em relação à esbelteza de barra definida manualmente).
Tanto a inclinação inicial como a curvatura inicial podem ser definidas como valores absolutos ou relativos. Além disso, podem ser definidas de acordo com as normas disponíveis para seleção em "Tipo de definição". Por fim, deve ser selecionado o sistema de coordenadas (local ou principal) e a direção em relação à qual a imperfeição é simulada.
Considerações finais
No RFEM 6, o desvio de um componente estrutural em relação à forma ideal pode ser simulado por imperfeições de barra. Primeiro, é necessário criar um caso de imperfeição tendo "Imperfeições locais" como tipo de imperfeição e relacioná-lo com as cargas e/ou combinações de cargas existentes. Mais tarde, as imperfeições da barra podem ser definidas em termos de casos de imperfeição separados. Essas imperfeições podem ser representadas por uma inclinação inicial ou curvatura inicial em relação ao sistema de coordenadas local ou principal da barra. Para a última opção, também podem ser definidos critérios de actividade.
