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2025-02-25

Interface para integração de ficheiros AutoCAD e DXF – Parte 1/3: Vista geral

Este artigo descreve as possibilidades de troca de dados entre o RFEM 6/RSTAB 9 e o AutoCAD, focando-se na integração de ficheiros DXF.

Nos fluxos de trabalho de dimensionamento atuais, a troca de dados entre as ferramentas de software é essencial para maximizar a eficiência e a precisão. Para engenheiros de estruturas, a capacidade de integrar software CAD e de análise é crítica para assegurar que os projetos sejam representados corretamente e analisados completamente. Um exemplo disso é a integração entre o AutoCAD, um programa CAD muito utilizado e que permite aos engenheiros criar desenhos precisos, e softwares de cálculo estrutural como o RFEM 6 e o RSTAB 9.

O RFEM 6 e o RSTAB 9 suportam a integração de ficheiros DXF, permitindo aos utilizadores importar diretamente desenhos CAD para o programa para posterior análise e dimensionamento. Esta transferência de dados simplificada entre o AutoCAD e o RFEM 6 aumenta a produtividade e reduz a probabilidade de erros. Ao transferir com precisão informações importantes, tais como geometria, dimensões e propriedades de materiais, esta troca minimiza erros de entrada de dados manual e acelera os processos de iteração e tomada de decisões.

Este artigo providencia uma visão geral sobre as opções de troca de dados, enquanto as funções individuais de importação e exportação são explicadas em maior detalhe nos seguintes artigos da base de dados de conhecimento:

Importação de dados DXF no RFEM 6 e no RSTAB 9

O RFEM 6 e o RSTAB 9 fornecem uma interface intuitiva para a importação de dados DXF, permitindo aos utilizadores importar diretamente do AutoCAD ou de um ficheiro DXF (ver Figura 1). É importante notar que a principal diferença entre o formato DXF padrão e o DXF II (ambos disponíveis atualmente) está na tecnologia de base. O DXF II baseia-se numa estrutura mais avançada, oferecendo funções melhoradas e maior funcionalidade em comparação com o formato DXF mais antigo. O desenvolvimento em curso tem como objetivo melhorar ainda mais a tecnologia DXF II, com o objetivo de, eventualmente, eliminar o formato DXF tradicional. No futuro, o DXF II tornar-se-á o formato DXF padrão e único, substituindo a versão mais antiga.

Ao importar dados DXF diretamente do AutoCAD, os utilizadores podem exportar ou importar dados sem guardar o ficheiro ativo. O processo permite a transferência de dados direta entre o AutoCAD e o RFEM 6 ou o RSTAB 9, mantendo a aplicação CAD aberta. A avançada tecnologia DXF II é executada no plano de fundo, assegurando que o DXF II e o AutoCAD providenciam o mesmo conjunto de funções. Contudo, o formato DXF mais antigo não dispõe de algumas das capacidades oferecidas pelo DXF II, tornando-o, comparativamente, menos versátil.

Uma vez importada, a geometria DXF é convertida em elementos do modelo estrutural, permitindo aos utilizadores realizar a análise estrutural com base na geometria exata do desenho CAD. O processo de importação suporta a inclusão de nós e linhas, e também é possível importar barras. Para que isso ocorra, a camada deve conter as informações relevantes da secção e, opcionalmente, o nome do material. Os nomes das camadas são transferidos como nomes de secções, sendo que o primeiro material dos materiais predefinidos é atribuído automaticamente. No entanto, se o nome de uma camada corresponder a uma secção e material reconhecidos da Dlubal, esses também serão utilizados.

Além disso, a importação de superfícies é suportada se o objeto em CAD for uma face 3D. Os utilizadores também têm a possibilidade de importar ficheiros DXF como camadas de fundo. Estes podem ser utilizados como objetos auxiliares, permitindo uma modelação mais rápida e eficiente.

Vantagens da importação de dados DXF para o RFEM 6/RSTAB 9

1. Edição e ajuste simples: O RFEM 6 e o RSTAB 9 oferecem várias opções para modificar ficheiros DXF importados. Os utilizadores podem ajustar geometrias, adicionar ou remover elementos e definir condições de fronteira para o modelo estrutural, tudo dentro do ambiente do software.

2. Gestão de camadas: O RFEM 6/RSTAB 9 suporta a importação de múltiplas camadas de ficheiros DXF, o que permite aos utilizadores controlar separadamente vários componentes de dimensionamento. Por exemplo, é possível atribuir atributos diferentes dentro do software a camadas como, por exemplo, linhas de fronteira, cargas e componentes estruturais, permitindo, assim, a criação de um modelo bem organizado.

3. Compatibilidade e flexibilidade: O RFEM 6 e o RSTAB 9 garantem que a integridade do desenho DXF original seja preservada durante o processo de importação. Além disso, permite gerir as alterações feitas no AutoCAD enquanto continua a trabalhar no RFEM 6/RSTAB 9, sendo, por isso, uma ferramenta valiosa na colaboração com outros profissionais que utilizam o AutoCAD para desenhar.

Exportar ficheiros DXF

O RFEM 6 e o RSTAB 9 também oferecem a opção de exportar modelos estruturais como ficheiros DXF, otimizando a colaboração com profissionais de CAD. As funções básicas do processo de exportação são semelhantes às do processo de importação e serão explicadas em maior detalhe num artigo separado da base de dados de conhecimento. É importante notar que, conforme mencionado anteriormente, a interface DXF II difere da interface DXF padrão. Além da exportação de nós e linhas, a interface DXF II suporta a exportação de malhas de EF, estruturas deformadas, linhas de dimensão e muito mais, providenciando uma capacidade alargada de possibilidades para troca de dados extensa.

Conclusão

Ao suportar a integração de ficheiros DXF do AutoCAD, o RFEM 6 e o RSTAB 9 permite aos engenheiros tirar todo o proveito dos pontos fortes das duas plataformas. A transferência de dados perfeita entre o CAD e o software de análise estrutural agiliza os fluxos de trabalho, aumentando a eficácia e a precisão na análise e no dimensionamento estrutural. Esta interoperabilidade não só aumenta a produtividade, como também proporciona uma melhor colaboração ao longo do processo de engenharia.


Autor

A Eng.ª Kirova é responsável pela criação de artigos técnicos e presta apoio técnico aos clientes da Dlubal.

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