Na EN 1992-1-1, seção 6.1 ou DIN 1045-1, seção 10.2, são apresentadas as bases de dimensionamento para a verificação nos estados-limite de resistência. Estas regulamentações aplicam-se à flexão com ou sem força normal e à força normal sozinha.
O estado de falha computacional ocorre quando as deformações-limite são atingidas. Dependendo de onde essas deformações-limite ocorrem, a falha pode ser desencadeada pelo concreto ou pelo aço de armação.
A imagem a seguir ilustra as distribuições de deformações permitidas na flexão com e sem força longitudinal de acordo com EN 1992-1-1, seção 6.1.
As áreas das distribuições de deformações mostradas na imagem significam, de acordo com [1]:
Área 1
Esta área se estabelece com uma força de tração central ou com uma força de tração com pequena excentricidade. Existem apenas deformações em toda a seção transversal. A seção transversal estatisticamente eficaz consiste apenas nas duas camadas de armadura As1 e As2. A armadura falha porque a deformação-limite εud é atingida.
Área 2
A área 2 ocorre na flexão pura e na flexão com força longitudinal (força de compressão e tração). A linha neutra está dentro da seção transversal. A armadura de flexão é totalmente utilizada, ou seja, o aço falha ao atingir a deformação-limite. A seção transversal de concreto normalmente não é totalmente utilizada: As compressões não atingem a deformação-limite εc2u.
Área 3
Esta área se estabelece apenas na flexão pura e na flexão com força longitudinal (compressão). A capacidade de carga do aço é maior que a capacidade de carga do concreto. O concreto falha porque sua deformação-limite εc2u é atingida.
A falha do concreto é anunciada, como nas áreas 1 e 2, por fissuras, porque o aço excede o limite de escoamento (ruptura com aviso prévio).
Área 4
A área 4 ocorre na flexão com uma força de compressão longitudinal. Representa a transição de uma seção transversal predominantemente sujeita a flexão para uma seção transversal sujeita a compressão. O concreto falha antes que o limite de escoamento no aço seja atingido, pois as possíveis deformações são muito pequenas. Esta área resulta em uma seção transversal fortemente armada. Portanto, é evitada pela introdução de uma armadura de compressão.
Pequenas deformações do aço na zona de tração levam à ruptura sem aviso prévio (a armadura de tração não começa a fluir).
Área 5
Esta área ocorre com uma força de compressão com pequena excentricidade (por exemplo, coluna) ou com uma força de compressão central. Existam apenas compressões em toda a seção transversal.
A compressão na borda menos comprimida está entre 0 > εc1 > εc2. Todas as distribuições de compressão se encontram no ponto C.
